Jacinto - mitologia
Na mitologia grega, Jacinto era um jovem mortal muito amado pelas
divindades, principalmente por Apolo que o seguia aonde quer que ele fosse. Certa
vez em que ambos se divertiam com um jogo, Apolo lançou o disco com tal
habilidade para o céu que Jacinto, olhando admirado, correu para o apanhar,
ansioso por fazer a sua jogada. Zéfiro (o vento oeste) também amava o jovem e,
enciumado pela preferência por Apolo, mudou a direção do disco para que este o
atingisse. Ao bater na testa de Jacinto, o disco fez com o jovem caísse morto naquele
instante. Apolo correu em desespero até ele e com toda sua habilidade médica
tentou reavivar o corpo de Jacinto, mas a sua cura estava além de qualquer
habilidade.
Apolo se sentiu tão
culpado por sua morte que promete que Jacinto viveria para sempre com ele na
memória do seu canto. Sua lira celebraria-o, seu canto entoaria a canção de seu
destino e ele se transformaria numa flor. Assim, o sangue de Jacinto que
manchara a erva, se transforma numa flor de um colorido mais belo que a púrpura
tíria. Uma flor muito semelhante ao lírio, porém, roxa. Nela foi gravada a
saudade e o pesar de Apolo com o lamento "Ai! Ai!" que ele escreveu
na flor, como até hoje se vê. A flor carrega seu nome e renasce todas as
Primaveras relembrando o seu destino.
A flor mencionada
não parece ser o jacinto moderno
conhecido; talvez se trate de alguma espécie de íris,
de esporinha ou de amor-perfeito.